quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Rede Mídia debate a internet e as crises políticas

Estou trabalhando no programa Rede Mídia da Rede Minas!! O programa sempre traz assuntos interessantes relacionados ao mundo da comunicação e por isso vou postar aqui os temas escolhidos pela produção.

Tunísia, Egito e as redes sociais

Nos últimos dias o mundo esteve com os olhos voltados para os países árabes do norte da África, após levantes populares que derrubaram ditaduras antigas com a ajuda da internet. Mas qual a relação da web com as crises políticas nacionais e internacionais dos últimos tempos? A internet está se transformando em instrumento pela busca da democracia? Ou os ditadores a têm utilizado para controlar ainda mais a população? Um estado é capaz de estabelecer o conteúdo a que sua população tenha acesso?

É tentando responder às essas e outras perguntas que o Rede Mídia debate nesta semana a internet e as crises políticas. Para conversar sobre o tema Rogério Tavares recebe o professor de Relações Internacionais, Onofre dos Santos, e o jornalista Pablo Pires. O programa vai ao ar nesta quinta-feira (17/02), às dez da noite; com reapresentação no domingo, às sete e meia da noite.


Saiba mais sobre o tema

Na última sexta-feira, manifestações populares em diversos cidades egípcias conseguiram derrubar o ditador, Hosni Mubarak, no poder desde 1981. Os protestos que levaram a derrubada de Mubarak se iniciaram em 25 de janeiro na Praça Tahrir, em Cairo capital do Egito, onde os manifestantes montaram acampamento e só sairem após a queda do ditador. Durante os protestos centenas de pessoas ficaram feridas e outras foram detidas, entre elas jornalistas egípcios e estrangeiros. A organização dessa revolução ganhou força depois do dia 14 de janeiro, com a queda do ditador da Tunísia, Ben Ali, que esteve 23 anos no poder. Os protestos na Tunísia tiveram sua origem em 17 de dezembro, quando Mohammed Bouazizi, um bacharel desempregado de 26 anos da cidade de Sidi Bouzid, imolou-se pelo fogo numa tentativa de suicídio. Pouco antes, nesse dia, agentes da polícia tinham apreendido seus pertences de trabalho informal e o agredido. O ato desesperado de Bouazizi fez explodir ao rubro a frustração geral quanto aos níveis de vida, à corrupção e à falta de liberdade política e de direitos humanos na Tunísia. Essa ação popular foi realizada com a ajuda das redes sociais, como Facebook e Twitter.

No Egito as redes sociais, também, foram os instrumentos de mobilização da população, mas mesmo no período em que o governo cortou o acesso à internet e telefonia celular, o movimento não se diluiu. Especula-se que outros países árabes do norte da África poderão sofrer influências da Tunísia e Egito, como Iêmen e Argélia (que já apresentaram movimentos) e Libia, Síria, Jordânia e Irã, países que têm em comum a cultura árabe e reinos ou repúblicas com ditaduras antigas.

O programa Rede Mídia

O programa é apresentado pelo Rogério Tavares e coordenado por Eliane Machado. Para entrar em contato com a produção disque 31 3269 9136 ou 3269 9102. E você pode acompanhar os programas na internet, na íntegra, pelo site do Rede Mídia.


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