quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O espetáculo do futebol é a torcida

Ver o time do Cruzeiro vencer de quatro a zero na Libertadores valeu muito a pena, mesmo viajando 70 quilômetros, voltando encharcada para casa por causa da chuva e tendo problemas sérios com minha lente durante a partida.

Em Belo Horizonte, devido as obras para a Copa do mundo de 2014, o estádio Mineirão não está recebendo jogos. No geral as partidas são deslocadas para uma cidade próxima, chamada Sete Lagoas, em uma arena de nome "Jacaré" (só Deus sabe porque).

Não sou especialista em esportes, então não vou poder fazer uma análise técnica do jogo. Mas durante a partida pensei em pontos interessantes:

- É impressionante ver a torcida gritar “ei, juiz vai tomar no c***”. Chega a dar medo e você percebe a força de uma massa unida. Definitivamente, se um dia tiver filhos eles não serão árbitros de futebol. Juiz só se for da Justiça.

- Ficar perto de uma torcida organizada é bem mais divertido. A animação dos torcedores mais assíduos é empolgante. Nem precisa conhecer as músicas, é só cantar o final das palavras e você já se sente parte do coro.

- E a chuva não desanima os torcedores, pelo menos, ontem, isso não aconteceu. Não sei se porque choveu muito e precisávamos nos esquentar e a melhor forma era pular e cantar, ou porque a galera gosta de se molhar mesmo. Mas o fato é que depois da chuva a torcida ficou mais participava e o time fez três gols.

É isso, ai!! Ir em um jogo de uma torcida única, onde não se vende bebida alcoólica é muito seguro. E não sou uma torcedora assídua, mas tenho saudades do Mineirão, pois lá podíamos reunir ainda mais pessoas. Tomara que a obras terminem logo. Ainda que seja difícil pra mim compreender o fascínio por 22 homens correndo atrás de uma bola (perdoe–me a simplificação), mas o amor do torcida pelos times é o espetáculo mais bonito no futebol!


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Rede Mídia debate a internet e as crises políticas

Estou trabalhando no programa Rede Mídia da Rede Minas!! O programa sempre traz assuntos interessantes relacionados ao mundo da comunicação e por isso vou postar aqui os temas escolhidos pela produção.

Tunísia, Egito e as redes sociais

Nos últimos dias o mundo esteve com os olhos voltados para os países árabes do norte da África, após levantes populares que derrubaram ditaduras antigas com a ajuda da internet. Mas qual a relação da web com as crises políticas nacionais e internacionais dos últimos tempos? A internet está se transformando em instrumento pela busca da democracia? Ou os ditadores a têm utilizado para controlar ainda mais a população? Um estado é capaz de estabelecer o conteúdo a que sua população tenha acesso?

É tentando responder às essas e outras perguntas que o Rede Mídia debate nesta semana a internet e as crises políticas. Para conversar sobre o tema Rogério Tavares recebe o professor de Relações Internacionais, Onofre dos Santos, e o jornalista Pablo Pires. O programa vai ao ar nesta quinta-feira (17/02), às dez da noite; com reapresentação no domingo, às sete e meia da noite.


Saiba mais sobre o tema

Na última sexta-feira, manifestações populares em diversos cidades egípcias conseguiram derrubar o ditador, Hosni Mubarak, no poder desde 1981. Os protestos que levaram a derrubada de Mubarak se iniciaram em 25 de janeiro na Praça Tahrir, em Cairo capital do Egito, onde os manifestantes montaram acampamento e só sairem após a queda do ditador. Durante os protestos centenas de pessoas ficaram feridas e outras foram detidas, entre elas jornalistas egípcios e estrangeiros. A organização dessa revolução ganhou força depois do dia 14 de janeiro, com a queda do ditador da Tunísia, Ben Ali, que esteve 23 anos no poder. Os protestos na Tunísia tiveram sua origem em 17 de dezembro, quando Mohammed Bouazizi, um bacharel desempregado de 26 anos da cidade de Sidi Bouzid, imolou-se pelo fogo numa tentativa de suicídio. Pouco antes, nesse dia, agentes da polícia tinham apreendido seus pertences de trabalho informal e o agredido. O ato desesperado de Bouazizi fez explodir ao rubro a frustração geral quanto aos níveis de vida, à corrupção e à falta de liberdade política e de direitos humanos na Tunísia. Essa ação popular foi realizada com a ajuda das redes sociais, como Facebook e Twitter.

No Egito as redes sociais, também, foram os instrumentos de mobilização da população, mas mesmo no período em que o governo cortou o acesso à internet e telefonia celular, o movimento não se diluiu. Especula-se que outros países árabes do norte da África poderão sofrer influências da Tunísia e Egito, como Iêmen e Argélia (que já apresentaram movimentos) e Libia, Síria, Jordânia e Irã, países que têm em comum a cultura árabe e reinos ou repúblicas com ditaduras antigas.

O programa Rede Mídia

O programa é apresentado pelo Rogério Tavares e coordenado por Eliane Machado. Para entrar em contato com a produção disque 31 3269 9136 ou 3269 9102. E você pode acompanhar os programas na internet, na íntegra, pelo site do Rede Mídia.


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Bh precisa dos táxis de Uberaba

Uberaba é uma cidade linda, grande o suficiente para ter o que a capital tem de melhor, mas pequena de forma ideal para manter-se tranquila.

Nos dois últimos verões visitei Uberaba para a formatura de duas queridas amigas, Priscila e Sabrina.
Além de ser um dos maiores pólos de produção agropecuária do país, Uberaba recebe muito investimento vindo de São Paulo. Segundo dados do IBGE, atualmente Uberaba tem o 5º maior PIB (Produto Interno Bruto) nacional da agropecuária.

Confesso que como fui pela formatura
não vou poder contar muito sobre os pontos turísticos, mas uma das características que mais me impressionou foram os táxis. A tarifa é fixa, paga-se dez ou doze reais para deslocamentos dentro da cidade. É um serviço que funciona e "muito bem, obrigada".

Durante a viagem, sempre nos locomovemos de táxi, ônibus nem sequer foi uma opção. E os carros de táxi são modernos, a maioria conta com um serviço de GPS, com tecnologia criada no Brasil, que disponibiliza mais segurança para os motoristas e passageiros.

Creio que esse aspecto me chamou a atenção porque usar um táxi em Belo Horizonte é caro e os ônibus não são suficientes para atender a população. E metrô, melhor nem comentar.

É obvio que em Bh não seria possível cobrar uma taxa única como em Uberaba. Coitado do taxista se alguém quisesse sair do Barreiro para ir Venda Nova ( para quem não conhece, são regiões distantes). Mas poderíamos ter uma espécie de regionais em que o preço seria o mesmo se o deslocamento ocorresse na mesma regional, e aumentaria proporcionalmente à medida que o passageiro se deslocasse de uma região à outra.

“Mas isso nunca vai acontecer, seria melhor para os passageiros e pior para nós e para as empresas de ônibus”, me afirmou o taxista Carlos Alberto quando contei minha idéia. Eu concordo com Carlos, principalmente porque a população não é a primeira a ser privilegiada no transporte público da capital mineira. Infelizmente.

Mas sou brasileira e esperança é última que morre. Quem sabe um dia a população aprenda a cobrar e os vereadores e a prefeitura aprendam à servir para o bem social.